Os cristãos deveriam boicotar produtos ou marcas que apoiam o que a Bíblia condena?

Essa realmente é uma pergunta bem pertinente aos nossos dias. Em 1 Coríntios capítulo 8, Paulo trata da questão das coisas sacrificadas aos ídolos, creio ser um bom texto base para tratarmos desse assunto. 

Paulo nos diz que o cristãos que ama a Deus sabe “que o ídolo, de si mesmo, nada é no mundo e que não há senão um só Deus” (v.4). Ou seja, o cristão sabe que consumir produtos de empresas que apoiam práticas contrárias as Escrituras não traz nenhum mal para si.

Entretanto, seguindo no texto desse capítulo Paulo não recomenda comer da comida sacrificada aos ídolos por causa da consciência. Podemos aplicar esse texto da seguinte forma:

1) Podemos fazer uso de qualquer produto ou marca para honra e glória de Deus. Pois Deus é o dono de todas as coisas. (v.6) “... e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.”

2) Não podemos usar dessa liberdade para nos associarmos com pessoas que publicamente defendem práticas contrárias as Escrituras. Exemplo: não vou usar uma camiseta de uma marca que possui associação com o público LGBT pois poderá ferir a consciência de outro irmãos menos maduro na fé. (v.9) “Vede, porém, que esta liberdade não venha, de modo algum, a ser tropeço para os fracos.”

Sou contrário ao boicote corporativo. O boicote não deixa de ser um procedimento baseado na chantagem: `Se você, empresa, continuar exibindo esses valores, a gente vai diminuir seu lucro.` Não me entenda mal: acho legítimo e até bacana o indivíduo que deixa de comprar por motivos de consciência. Mas se a igreja acredita que deve se levantar para uma grande conclamação contra determinadas marcas, que face está mostrando ao mundo: ódio ou amor? toma-la-dá-cá ou serviço? A face do ódio não combina com sua missão, que é testemunhar Cristo.  

Colaboração: Fernando.

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